Page 29 - Revista Instalação e Posse da 3ª Macrorregião | Edição 2017
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PEÇA DE ARQUITETURA II Revista de Instalação & Posse de 2017
sitária em solo brasileiro foi o Irmão Rubens Barbosa Maçônicas nos 5.570 municípios brasileiros. Para
de Mattos, então Grão-Mestre do Grande Oriente de tanto, o estudo deve ser embasado nas informações
São Paulo, que as definiu como sendo “Redenção da dispostas no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
Maçonaria Nacional”. e Estatística), tanto no aspecto populacional como
Em 20 de agosto de 1975 foi fundada a primeira no econômico. Conhecendo-se a densidade popula-
Loja Universitária no Brasil sob o título de Loja cional, pode-se dispor dos dados necessários e esta-
Universitária nº 1.928, em Bragança Paulista/SP, fe- belecer quais municípios das Unidades da Federação
derada ao Grande Oriente do Brasil. A criação da devem ser examinados. Assim, para exemplificar, de
primeira Loja não impulsionou o crescimento. No conformidade com a realidade de cada Estado, deverá
espaço de vinte anos a Maçonaria Universitária se ser analisada linha de corte, em 20 mil, 30 mil, 40 mil
resumiu a duas Lojas. A segunda foi a Fraternidade ou 50 mil habitantes. Estabelecido o universo pes-
Acadêmica Piratininga nº 2.862, na Cidade de São quisado, no tocante ao corte de habitantes de cada
Paulo, fundada a 20 de abril de 1995, também federa- Estado, sugere-se a fundação de Lojas Maçônicas em
da ao Grande Oriente do Brasil, considerada, no meio cidades nas quais o Grande Oriente do Brasil não
maçônico brasileiro, a primeira Loja genuinamente esteja presente. Desta forma, teremos o crescimento
Analisando-se o demonstrativo, deparamo-nos Inúmeros Maçons já desenvolveram, em artigos, o Universitária, sendo patrocinada pela histórica Loja vegetativo tanto de Lojas como de Obreiros.
com regular quantidade de entradas (iniciações e tema evasão que afeta, sobremaneira, o funcionamen- Piratininga “A Fidelíssima” nº 140, fundada em 28 de
regularizações) e elevados índices de afastamentos to de nossas Lojas, sem, contudo, convencer e propor agosto de 1850. A partir de então o Grande Oriente Conclusão
(quite placet, ex-officio e suspensão de direitos) e medidas que, pelo menos, atenuem o problema. do Brasil inicia campanha em prol da fundação Esperamos que as evidências expostas sirvam
óbitos. Assim, embora a quantidade de entradas seja O Irmão Geraldo Magella, autor de “A Admissão e destas Oficinas, tendo atualmente 87 Lojas Acadê- para conscientização dos Maçons brasileiros. Urge,
maior, em contraponto com a de saídas, surge o a Evasão Maçônicas - Uma Reflexão Metodológica”, micas e/ou Universitárias. pois, através de planejamento global e estratégico a
crescimento pífio. ressalta que para o desenvolvimento da obra partiu A legislação que rege as Lojas Acadêmicas e Uni- resolução dos problemas ora apontados.
Diante da problemática relatada, ou seja, o cresci- das seguintes dúvidas: versitárias são as mesmas que regem quaisquer outras
mento pífio, algumas sugestões se apresentam: a) Não se entende bem toda vez que um Irmão da Oficinas federadas ao Grande Oriente do Brasil, o que
1) Conter a evasão maçônica; Ordem Maçônica diz que está totalmente decep- não poderia ser diferente. Privilegiam a Iniciação de uni-
2) Estimular e revigorar a maçonaria universitária; cionado com a Maçonaria; versitários, de professores e demais candidatos ligados à
3) Ocupar espaços onde o Grande Oriente do b) Será que todo Obreiro que se evade da Arte área acadêmica. Reúnem-se em condições de hora, local
Brasil não esteja presente. Real tem razão?; e frequência conciliando as atividades da Ordem com as
Na sequência, serão apresentadas sugestões para c) Serão a Maçonaria e a sua doutrina as únicas do estudante. A idade para ingresso na Ordem, segundo
a solução dos problemas que se apresentam. culpadas?; a atual legislação, é de 18 anos. A Constituição do
d) Os métodos e as normas para a admissão Grande Oriente do Brasil definiu a isenção de taxas e
Evasão Maçônica maçônicas são obsoletas ou talvez inadequadas? emolumentos estabelecidos tanto pelo Poder Central,
A evasão continua a persistir em nossas Lojas, Trata-se da primeira obra com abordagem crite- pelos Grandes Orientes Estaduais e do Distrito Federal
com ocorrências de vários tipos, dentre as quais riosa. A partir destas considerações, sugerimos uma e pelas Lojas para os iniciados nas Lojas Acadêmicas e
destacamos: Comissão de alto nível, autorizada pelo Poder Cen- Universitárias. O amparo legal da citada isenção de
a) Afastamento formal e definitivo da Loja e da tral, para análise e propositura de soluções, o que não pagamentos no Art. 27, § 2º, letra "b" do texto constitu-
Potência; nos cabe, dada a envergadura da problemática. cional. Concluindo, a partir destas considerações, suge-
b) Afastamento temporário da Loja, caso no qual rimos um projeto de emenda constitucional para adap-
o Obreiro pode ou não retornar; Estimular e revigorar a Maçonaria Universitária tação e adequação das Lojas Acadêmicas e Univer-
c) Desligamento da Loja e de seus Obreiros para As Lojas Maçônicas Universitárias e Acadêmicas sitárias à realidade atual da Maçonaria Brasileira.
outra Potência; fazem parte de intenso programa de modernização
d) Paralisação das atividades da Loja. da Ordem e de rejuvenescimento de seus quadros. O Ocupar espaços onde o Grande Oriente do
Também devemos mencionar os óbitos dos principal argumento para sua difusão é a necessidade Brasil não esteja presente
Obreiros como evasão, não em caráter voluntário, de redução da faixa etária média dos Maçons. O Sugerimos o desenvolvimento de levantamento
conforme anteriormente descrito. grande mentor e incentivador da Maçonaria Univer- objetivando a identificação da presença de Lojas